Questão 1. A tua equipa está em forma?

A forma é muito mais que apenas a relação que normalmente se estabelece com a condição física. Faz sentido falar em forma desportiva pois subentende também as implicações que os fatores como a confiança, motivação e foco têm sobre a performance.

De qualquer forma, se fosse possível separar e analisar somente a componente fisiológica, sentes que a tua equipa aguenta o jogo?

A preparação de um grupo de atletas para fazer face a um jogo de alta intensidade exige uma estimulação diferenciada ao nível de:

  • Regime metabólico - a duração/intensidade do exercício dirá se a solicitação é de indole anaeróbio alático (até cerca de 30'' de esforço de alta intensidade); anaeróbio (até cerca de 3') ou aeróbio (+3 '). A capacidade que o atleta tenha de responder às exigências do jogo, sendo eficaz na utilização dos diferentes regimes e substratos energéticos (preferenciais) correspondentes, é fortemente determinada, naturalmente, pela estimulação em treino. Que exercícios utilizas mais frequentemente para solicitar os regimes metabólicos? Onde os colocas na planificação do microciclo?

 

  • Padrão de contração motora dominante - A orientação do exercício, que o caracteriza como destinado a ter um padrão associado à tensão, duração vou velocidade indica sobretudo qual das ditas capacidades motoras condicionais se sobrevaloriza em relação às outras. Esta diferenciação é importante pois vai permitir dar ênfase a:
    •  Estímulos de força específica (tensão), onde existe um grande número de ações excêntricas como acelerações, travagens, mudanças de direção, contactos, etc. que são, na realidade, as ações que implicam maiores níveis força muscular durante o jogo;
    • Estímulos de resistência (duração), onde pela duração do exercício, dimensões maiores do campo e maior numero de jogadores envolvidos irá exigir, do ponto de vista motor, ações que envolvem maiores deslocamentos mas também mais tempo de recuperação entre esforços.
    • Estímulos de velocidade, sabendo que existem vários tipos de velocidade e que fará sentido que os estímulos tenham algum tipo de tomada de decisão, as ações que exigem velocidade serão naturalmente curtas e com tempos de recuperação consideráveis.

Tens controlado a forma como os teus exercícios recrutam estes dois fatores?

Repara nos 3 exercícios específicos que te apresentamos de seguida e na forma representam uma diferenciação ao nível da estimulação física.

Exercício 1 - Tensão em regime anaeróbio

Descrição: Pressing em estrutura - a equipa que defende tenta recuperar o máximo número de bolas em 2', tentando não conceder passes "por dentro". As outras duas equipas tentam manter a bola entre si. São contabilizadas as recuperações de bola e penalizados os passes por dentro da estrutura. Cada período tem uma nova equipa a defender

Exercício 2 - Duração em regime aeróbio

Descrição: Posse de bola com progressão no espaço.

Quem ataca - Progredir até ao GR contrário (vale 1 golo). Objetivo -  Jogo apoiado e penetração pela zona central.

Quem defende - coesão defensiva e perceção de momentos de bola coberta e descoberta. Caso pressionem alto e permitam ao adversário encarar o jogo de frente com espaço podem sofrer imediatamente um passe longo nas costas na direção do GR.

Regras - para ir ao nosso GR este só pode ser servido fora da sua área de ação (espaço lateral, fora da baliza).

 

Exercício 3 - velocidade em regime anaeróbio alático

Descrição: Combinação ofensiva com entrada pelo corredor e finalização

Fase 1 - Combinação pré-definida para entrada no espaço através de envolvimento no corredor - passe/apoio frontal/profundidade. A situação termina com uma ação de velocidade para ocupação das 3 zonas de finalização. Nesta primeira fase só há oposição do GR. Cada equipa ataca alternadamente uma das balizas e são contabilizados o números de golos.

Fase 2 - A combinação é definida pelos jogadores sendo que deve terminar na mesma com cruzamento. As posições são ocupadas pela ordem que eles definirem.
Fase 3 - Oposição de 2 defesas na área

Tens avaliado a perceção da carga de treino sentida pelos jogadores?

A perceção subjetiva de esforço ou RPE (Rating of Perceived Exertion) é um indicador simples e fundamental na avaliação do impacto que o treino e o jogo têm em cada um dos atletas. Não há dois jogadores iguais e as diferentes posições em campo apresentam exigências ao nível do padrão de deslocamento que, muitas vezes, encontra também consequência uma consequência fisiológica específica e...individual.

Daí que, ao recolher a intensidade do esforço numa escala de 0-10, o treinador e sua equipa técnica estarão na posse de informações privilegiadas na gestão do esforço da equipa. O rácio carga aguda/carga estabelece uma correlação que indica de forma geral a proximidade do atleta em sofrer uma lesão por carga elevada ou carga leve. E o melhor, estes dados podem ser indicados pelos próprios jogadores na sua Player App e os cálculos efetuados automaticamente na app do treinador.

 

 

Conclusão, a utilização da Coach ID APP "exige-te" uma maior organização do teu processo.

Começa por estruturar os exercícios tendo em conta as características dos estímulos que te indicámos acima.

Controla o impacto junto dos atletas com recurso ao controlo da carga e garante que a tua equipa está, de facto, em forma!

 

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